A partir da década de 90, se intensifica o processo de abertura da
economia brasileira, fato que resultou em uma invasão das grandes corporações
transnacionais que já não conseguem atuar em seus países de origem. Estas empresas têm o objetivo de transformar a agricultura em
agronegócio, tudo isto trouxe
consequências desastrosas para o ambiente e para as populações locais, pois estas empresas provocam êxodo rural,
poluem o ambiente com seus venenos,
privatizam as sementes, tudo isto muitas vezes utilizando o aparato do
estado ou de meios mais violentos.
Como reação a isto os movimentos sociais do campo se organizam em uma
articulação mundial e então em Maio de 1993 fundam a Via Campesina na
primeira Conferência em Mons, na
Bélgica. Dentre seus
objetos estão, desenvolver a solidariedade, construir a unidade na diversidade entre as
organizações que a compõem, promoção de
relações econômicas mais justas, de igualdade de gênero e de justiça social, a
preservação e conquista da terra, da água, das sementes e outros recursos
naturais, a soberania alimentar, a produção agrícola sustentável de pequena e
média escala. No Brasil os movimentos que compõem a Via são: Movimento dos Atingidos por
Barragens-MAB, Movimento dos Pequenos
Agricultores-MPA, Movimento de Mulheres
Camponesas-MMC, Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST,
Comissão Pastoral da Terra–CPT, Federação dos Estudantes de Agronomia do
Brasil-Feab, Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florstal –
ABEEF, Pastoral da Juventude Rural-
PJR e Conselho Indigenista
Missionário-CIMI.
A partir do início deste século,
os movimentos sociais da Via Campesina, empenhados em debater e implementar a
agroecologia, desenvolvem diversas iniciativas,
como encontros, seminários, jornadas, feiras, unidades demonstrativas e
cursos formais e não formais.
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